Como passa a informação em um espaço tão pequeno
No post anterior, iniciei a apresentação da fibra óptica, com as características físicas, como acontece a fabricação e ainda vantagens e desvantagens.
E nele descrevi o quanto o núcleo da fibra é pequeno ("micrúsculo" na verdade - micrômetro). E mesmo assim a luz é capaz de viajar por ele graças a um fenômeno do princípio da luz chamado Reflexão total da luz.
Os vídeos explicativos sobre este assunto são diversos. Neste link considero o mais interessante com a demonstração de como a luz propaga pelo meio de transmissão. O que é demostrado, em imagem é como está a seguir
A Reflexão em termos gerais acontece quando um feixe de luz atinge uma superfície e a luz é desviada dentro deste meio. O material que este meio é feito implica em ter a reflexão total e acontece um raio de luz se propaga de um meio mais denso para um meio menos denso.
Neste caso é importante que o ângulo de entrada seja adequado para que internamente continue a se propagar. Outro ponto de atenção é que não exista falha ao longo do núcleo, pois se houver, a luz vai "escapar" para a casca e termina a propagação pelo núcleo. E mais ainda, se acontecer alguma ondulação neste mesmo núcleo (devido a falha na fabricação, por exemplo), o ângulo de incidência altera e por consequencia o resultado final o caminho de propagação da luz. Mas este "problemas" vou descrever melhor em posts seguintes.
Mesmo com diâmetro tão pequeno, a fibra pode ser classificada em 2 tipos básicos:
Monomodo (single mode - SM)
multimodo (multi mode - MM)
Em termos físicos a diferença é o diâmetro, conforme mostro na imagem a seguir
Apesar do revestimento continuar com 125 micrômetros, a diferença fica por conta dos núcleos. A monomodo por ter um núcleo menor, as distâncias que este tipo de fibra atinge são bem maiores que as fibras do tipo multimodo.
No entanto, utilizar a fibra como descrevi até agora parece ser difícil: muito pequena e frágil.
Silvana, melhor usar o cabo par-trançado!!!
Que isso pessoal, é claro que a fibra desta forma seria um pesadelo nas redes e não o sonho dos profissionais de rede. O que utilizamos é o Cabo de Fibra Óptica. Vejam um desenho de como pode ser um destes cabos.
Note que a fibra, ou melhor, as fibras estão envoltas em grandes partes protetoras. Como comentei em posts anteriores que a uma desvantagem da fibra é a fragilidade é necessário um reforço quanto à sua segurança física. Lembre-se:
Se acontecer uma pequena avaria no núcleo a luz escapa e então tudo vai pro lago abaixo!!!
Neste exemplo são 12 fibras, em que cada uma tem o revestimento de uma determinada cor para ser identificada dentro do cabo.
E como vou saber se a fibra que está internamente é SM ou MM?
Precisa recorrer ao Data Sheet do fabricante. Para o exemplo anterior, a descrição é a seguinte:
Assim este tipo de cabo pode conter fibras do tipo SM ou MM, conforme o pedido feito ao fabricante.
E em campo, como faço para identificar no cabo o tipo de fibra?
Neste caso, é preciso ler a identificação na capa do cabo. Veja os exemplos a seguir, à esquerda o cabo com a identificação SM (monomodo) e da direita com a identificação 62,5 (que diâmetro do núcleo para fibra multimodo).
O cabo do tipo Tight normalmente aplicado em ambientes internos possui uma
camada protetora de plástico duro é colocado sobre a fibra revestida (imagem a seguir).
Já o cabo do tipo Loose que foi desenvolvido para uso externos, possui um
tubo longo, com diâmetro muito maior do que a fibra, contém a mesma, isolando-a
das tensões do cabo. O tubo é preenchido, geralmente, com um material viscoso feito a base de material inflamável (foto a seguir).
Estes cabos tão finos é que estão nos oceanos???
Não. É preciso que os cabos de fibra óptica submarinos tenham um reforço especial e portanto fabricados por encomenda. Então deixo por curiosidade neste link o mapa de cabos submarinos que atualmente estão nos nosso oceanos, interligando os continentes.
No próximo posts continuo com as características da fibra óptica.
#AguardoComentários
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