Finalmente as normas de cabeamento

Depois de tantos posts sobre a importância das normas de cabeamento estruturado, sobre os cabos par-trançado, cabo de fibra óptica e até sobre o mais antigo dos cabos, o coaxial, finalmente vamos conhecer as normas de cabeamento estruturado.

Aleluia!!!

Mas calma, nada de muita alegria, por enquanto. O motivo é que são muitas normas e para cada uma delas existem vários e diversos detalhes a serem observados na infraestrutura que esteja de acordo com as regras de cabeamento estruturado.

A imagem a seguir ilustra bem a quantidade de normas


E estas são apenas as mais conhecidas e utilizadas. Lembrem sempre de acessar ao link da TIA online para saber quais as últimas atualizações vigentes.

Pelo que o quadro anterior apresenta, algumas das normas já forma apresentadas alguns dos seus detalhes em posts do blog. Por exemplo:

  • para o cabo par-trançado, que está na norma ANSI/TIA-568.2-D
  • para o cabo de fibra óptica, que está na norma ANSI/TIA-568.3-D
  • para o cabo de coaxial, que está na norma ANSI/TIA-568.4-D

Assim, o caminho a seguir agora é conhecer sobre a norma mais conhecida quando o assunto é cabeamento estruturado: a normas ANSI/TIA-568. Porém, atualmente esta norma tem 2 acréscimos em sua descrição:

  • ANSI/TIA-568.0-E
  • ANSI/TIA-568.1-E

Então, qual devo seguir? 

Depende do tipo de ambiente! 

Para ambientes comerciais, é a ANSI/TIA-568.1-E. Para ambientes não comerciais e que não exista uma norma específica, é aplicada a norma ANSI/TIA-568.0-E

Em ambos os casos, é necessário dividir os espaço total da infraestrutura em componentes menores, a chamada topologia da infraestrutura de cabeamento estruturado. A imagem a seguir ilustra estas partes:


A topologia mais geral com as partes envolvidas na estrutura é o que está na figura anterior. O que pode variar:

A quantidade de Telecomunication Room devido a quantidade de work area 

São muitos detalhes e nos posts no futuro vou comentar o que pode ficar diferente desta topologia mais geral. Por enquanto, esta topologia atende ao mínimo necessário para os sistemas que fazem parte da norma ANSI/TIA-568.

De uma forma mais geral, cada sistema da topologia que está na figura anterior tem a seguinte definição:

  • Work Area (WA): é a área destinada ao equipamento que recebe a conexão final de rede. Na imagem tem um desktop. No entanto é qualquer equipamento que tem a conexão final com a rede. Os componentes desta parte da topologia são 2: o cabo que liga o equipamento ao conector RJ-45 fêmea, por exemplo e o próprio conector fêmea.
  • Horizontal Cabling (HC): é a continuação da ligação após o conector fêmea do sistema anterior. O componente deste sistema é apenas este cabeamento que tem como fim de ligação dentro de um rack.
  • Telecommunication Room (TR): é representado pelo rack que recebe o cabeamento horizontal e o encaminha para um outro rack. Além do rack, os demais componentes passivos que estão abrigados no rack fazem parte desta parte da topologia do sistema.
  • Backbone: sistema que é composto apenas de um cabeamento, par-trançado ou fibra óptica. A diferença para o HC está em quem este cabeamento interliga. Aqui o objetivo é sempre interligar racks.
  • Equipment Room (ER): Apesar de ser representado por um rack, sua função é abrigar todo o cabeamento estruturado da rede para conectar com os servidores, além de receber o cabeamento externo.
  • Entrance Facilities (EF): Também tem sua representação de rack, porém tem a função de abrigar o material toda a estrutura necessária para receber o cabeamento externo, seja ele de uma operadora de acesso à internet ou de outros edifícios.

Estes sistemas serão utilizados para detalhar não só a norma ANSI/TIA-568, como algumas das demais normas que estão no quadro inicial deste post.

Assim, finalizo esta parte inicial dos detalhes das normas de cabeamento estruturado. Nos demais posts, cada um dos sistemas que formam a topologia de cabeamento estruturado será detalhado, de acordo com o norma ANSI/TIA-568. 

#Começou_A_Norma




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