O começo do fim - Work Area

 No post anterior, conhecemos sobre os sistemas da norma ANSI/TIA-568. O caminho natural é detalhar cada sistema. É isso que começo agora a detalhar com o sistema Work Area (WA). No título do post é sobre o começo do fim porque este sistema faz a conexão com os equipamentos finais de uma estrutura de rede. Porém, em todas as minhas aulas gosto muito de iniciar a explicação de cada sistema por este elemento. O motivo é que é a parte mais próxima de uma típica estrutura de rede.


Na imagem anterior está demarcado os componentes que fazem parte do sistema Work Area na topologia aplicada em cabeamento estruturado, que são:

  • A tomada, com o conector RJ-45 fêmea
  • O cabo que conecta o equipamento final até a tomada.

A tomada, como é conhecida, é o dispositivo que permite a conexão do dispositivo final com o restante da infraestrutura de cabeamento estruturado. No caso mais comum, com uso de cabo metálico do tipo par-trançado, esta tomada tem o nome técnico de RJ-45 fêmea. Entretanto é possível que esta conexão seja disponibilizada para outros tipos de cabos utilizados em cabeamento estruturado, como no caso de fibra óptica e cabo coaxial. Independe do tipo de cabeamento, esta conexão propaga a informação do equipamento final para o restante da infraestrutura.

O cabo que faz a conexão física entre a tomada e o equipamento final é normalmente conhecido por Patch Cord. Assim como a tomada, o mais conhecido deste cabo é ser do tipo cabo metálico do tipo par-trançado. Este componente também pode ser representado por cabo do tipo fibra óptica e por cabo coaxial.

A seguir, mais alguns detalhes sobre os 2 componentes fazem parte do sistema Work Area:

Conector RJ-45 fêmea

Tem a forma como na figura acima. A abertura que está do lado direito da imagem é para receber o outro componente do sistema, o cabo de rede, que liga para equipamento final. O restante do conector fica "escondido" em alguma estrutura (será melhor detalhado na norma ANSI/TIA 569). Nesta parte do conector que vai ser conectado o cabeamento do sistema Horizontal Cabling (mais detalhes no post a seguir).

Cada conector fêmea deve receber apenas 1 cabo de rede para conectar a apenas 1 equipamento final. 😉

Patch cord

Como ilustra a figura acima, este outro componente do sistema Work Area faz a conexão entre o equipamento final e o conector fêmea. Uma particularidade quanto as características deste cabo: deve ser do tipo flexível, em caso do cabo ser do tipo par-trançado, e um comprimento máximo de 5 metros, independe do tipo de cabo (par-trançado, fibra ótica ou coaxial). O comprimento mínimo, na maior parte do casos pode ser de 50 centímetros.

Para os dois componentes do sistema Work Area é importante observar:

1. Manter a uniformização quanto as características do cabo utilizado. Por exemplo:

  • em cabo par-trançado lembrar de ser a mesma característica do cabo, como visto nos posts anteriores sobre categoria e blindagem.
  • em cabo fibra óptica lembrar também das características da fibra, como o tipo de fibra e a proteção deste cabo.
  • preferir o uso de patch cord já confeccionados de fábrica, pois este já estão certificados, seja no uso de par-trançado ou fibra óptica.
2. Para o caso do cabo par-trançado, escolher entre a padronização da codificação da extremidade, seja do T568A ou T568B, desde que seja a mesma em toda a infraestrutura. Neste link do blog tem a codificação.

Para o sistema Work Area na topologia de cabeamento estruturado são estas as observações para os componentes Patch cord e conector fêmea.

No próximo post, vamos conhecer o componente Horizontal Cabling.

#AguardoComentários


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como "ver" a qualidade da luz no cabo fibra óptica

Ainda tem parâmetros para "ver" a qualidade do cabo.

A documentação do cabeamento